Carregado de tintas autobiográficas, As últimas cartas de Jacopo Ortis é tido como o primeiro romance epistolar da literatura italiana. Nele, Ugo Foscolo (1778-1827) exprime toda a sua desilusão para com o naufrágio do sonho de uma Itália unificada sob Napoleão Bonaparte. O livro marca também a estreia da coleção Memórias do Futuro, organizada pelo tradutor, poeta e acadêmico Marco Lucchesi, que reunirá obras em prosa, clássicos inéditos ou pouco conhecidos no Brasil, mas que mantêm o frescor estético e a atualidade. Embora tivesse prometido dar fim à desagregação da Itália, então um amontoado de tiranias locais, Bonaparte optou por assinar o Tratado de Campoformio (1797), cedendo Veneza para os austríacos. Foscolo viu-se obrigado a deixar a cidade, refugiando-se nas redondezas de Pádua, onde deu início à escrita do romance. Assim, nos escombros de um país cujo nascimento parece ter sido abortado, sob o peso desse sonho em ruínas, Jacopo Ortis também se refugia no interior e escreve cartas ao amigo Lorenzo Alderani, procurando dar conta de tal desesperança. “Humana vida?”, ele escreve. “Sonho, enganoso sonho ao qual damos tão grande valor, assim como as mulheres tolas depositam a sua sorte em superstições e presságios!” É a memória ou, melhor dizendo, a nostalgia paradoxal por um futuro que não virá e a tristeza por um passado heroico fadado a não se repetir, ao menos para Jacopo, que tornam essas páginas tão lancinantes. Na aldeia em que está, próxima às colinas Eugâne
Peso: | 0 kg |
Número de páginas: | 240 |
Ano de edição: | 2015 |
ISBN 10: | 8570802188 |
ISBN 13: | 9788570802187 |
Altura: | 20 |
Largura: | 14 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Ficção |
Assuntos : | Ficção |
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