Sinopse

Nascí no meio rural e com ele meu contato foi constante. Lembro, quando criança, os animais vindo do canavial carregando uma montanha de cana, passar pelo oitão da casa em direção ao modesto engenho colonial. Ficava com dó dos animais quando os mesmos recebiam chicotadas do vaqueiro para que andassem mais depressa em direção a casa-de-engenho, levando a matéria prima para ser processada. E nem uma cana-de-açúcar podia ser retirada para não afrouxar ou desfazer a carga. Dois cães SRD, dóceis, obedientes, mas espertos, sempre acompanhavam os tropeiros na lida dos animais. No engenho colonial um peão cutucava com uma vara, cuja ponta tinha um ferrão, dois bois curraleiro com uma canga no pescoço. Eles caminhavam passiva, submissa, resignada mas firme, tranquila, ritmada, incansável e produtiva, em círculo, fazendo mover a moenda produzindo a garapa que era depositada em fornalhas onde o caldo de cana era fervido e purificado em tachos de cobre. Além de produzir rapadura, melado, açúcar, existia uma pequena destilaria para fabricação de aguardente. Por conta desse senário, foi plantado no meu subconsciente a vontade de ser Médico Veterinário. Após a formatura, ser aprovado em concurso e receber treinamento fui trabalhar no meio rural com grandes animais e vez ou outra atendia pets dos líderes formais e informais da cidade, revelando talvez um desejo em estado latente que se concretizou anos depois: trabalhar com pets. Trabalhar com pets me levou a buscar diuturnamente um aument

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